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Mostrando postagens de dezembro, 2009

POEMA PARA REX

Manon, ma petite, se foi e Chèrie, ma belle, também duas princesas branquinhas donas de tronos cativos no meu coração No entanto num domingo chuvoso quando a tarde se despedia e a lua no céu aparecia que ele, negro e garboso com estrelas esparsas no seu pelo brilhante me achou eu o encontrei e chamei-o de Rei Rex é o seu nome do meu amigo o mais fiel do meu amigo o mais amado

A CASA

 Era uma casa sem memória. Totalmente vazia e triste. Abandonada há décadas, estava desfigurada, com infiltrações em todos os cômodos, paredes desbotadas e manchadas, portas quebradas e o reboco do teto despencando. Eu conhecia a casa. Afastada das demais, sempre me chamou a atenção pela sua localização: no alto de uma ladeira íngreme, no final da rua. Poucas pessoas se aventuravam a ir até lá. A subida afastava qualquer pretensão. Diziam que era assombrada. Houve um tempo em que ela foi habitada, porém pouco víamos seus ocupantes. Saiam e entravam num grande carro preto. Gente de posse. O portão da frente, de madeira e imponente, abria e fechava por controle remoto, e a murada que a cercava era muito alta. Viviam totalmente isolados. Várias estórias surgiram por conta dessa curiosidade. Inventava-se muito, mas a verdade é que não sabíamos nada sobre aquela família. Foi numa tarde quente de outono que vimos pela primeira vez, o portão ser aberto para dar lugar a um caminhão de mudanç