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Mostrando postagens de setembro, 2013

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ

                                                            A festa, na cobertura de um ricaço fervilhava; mulheres e homens bonitos, políticos, juízes, artistas, música ao vivo, e eu, sem muito saber o que fazia ali. Com quem eu vim? me perguntava, pois não conhecia absolutamente ninguém. Servia-me de uma taça de champanhe e me surpreendi com a moça bonita que se acercou sorrindo e brindou comigo. Enquanto nossos olhos flertavam, as taças se roçaram fazendo um ruído que começou mínimo e foi crescendo até se tornar insuportável. Tampei os ouvidos com as mãos e gritei o mais alto que pude.  Acordei de súbito, com o celular tocando insistentemente. O porteiro do prédio do meu tio, que eu não via há séculos, pedindo minha presença urgente porque achava que alguma coisa tinha acontecido com o velho.             Vesti-me com má vontade, tomei um café forte para espantar o sono, e segui para o Flamengo. No caminho, fui me lembrando desse tio, o único vivo da minha pequena família, ir