DONA MOÇA

Dona Moça bateu pé e alardeou: Daqui não saio até ela me receber. E plantou-se na portaria do prédio. A moradora foi avisada. Um dia foram amigas, quase chegando a um compadrio. Mas, o tempo se encarregou de desgastar esse forte companheirismo, que um dia existiu. 
Em conluio com o porteiro, a moradora só saía de casa nas idas ao banheiro de Dona Moça. E assim passaram-se alguns dias. O porteiro, com pena e solidário, ajudava como podia. Primeiro veio com um cafezinho fumegante, e dois pãezinhos, no outro dia com um prato de comida, numa noite com salgadinhos e cerveja, e por fim lhe ofereceu a cama. Estão juntos até hoje.

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